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Karate

KARATE

 

A história do Karate moderno tem como marco histórico o ano de 1922, quando Gichin Funakoshi foi designado como representante pelo Departamento de Educação da Prefeitura de Okinawa para ir a Tóquio participar da primeira demonstração oficial do então chamado “Karate” (Kara, neste caso, referindo-se à China) na Exibição Atlética Nacional, um evento de Educação Física organizado pelo Ministério de Educação do Japão.

 

A arte marcial que Gichin Funakoshi demonstrou tinha a história vinculada as artes marciais chinesas, o que se refletia inclusive em seu nome, Karate (mãos chinesas), embora tenha sido desenvolvida e amadurecida em Okinawa. A exibição durou apenas uma semana, mas deixou tal impressão no mundo das artes marciais japonesas que propiciou o surgimento de uma "nova" arte marcial.

 

Movidos pelo êxito de Gichin Funakoshi, e motivados por Jigorō Kano, fundador do Judo, outros mestres deixaram o arquipélago de Okinawa e partiram para outras localidades do Japão a fim de divulgar o Karate.

 

Depois de um longo processo de adaptação que acabou por reformatar a arte marcial de Okinawa, visando a aceitação da mesma por parte da sociedade japonesa, chegamos ao Karatedo. Basicamente, as técnicas de combate de Okinawa foram unidas a concepção nipônica de arte marcial, que incluía a mudança do nome da arte, a aquisição de um uniforme, a inclusão de um sistema de graduação e a obtenção de uma metodologia de ensino, resultando inicialmente em três estilos diferentes: Gojuryu, Shitoryu e Shotokan.

 

Em 1929, Kenwa Mabuni foi, primeiramente, para Tóquio e algum tempo depois se instalou em Osaka para ensinar o Karate. Alguns anos depois chamou seu estilo de Shitoryu. Pouco tempo depois, Chojun Miyagi levou para Kyoto a técnica que nomeou como Gojuryu. Gichin Funakoshi, já há muito tempo instalado em Tóquio, no Japão, assumiu a frente da escola que seus discípulos batizaram como Shotokan.

 

Em 1939, surgiu ainda um quarto estilo, chamado Wadoryu, que foi criado pelo japonês Hironori Otsuka, que havia aprendido Karate com Gichin Funakoshi, Choki Motobu e Kenwa Mabuni.

 

Ao estalar da Segunda Guerra Mundial toda essa grande atividade foi paralisada. Pós-guerra, as tropas americanas de ocupação instalaram numerosas bases militares em Okinawa. Nesta época, por determinação da potência vencedora, a prática e o ensino do agora já conhecido como Karate foi proibida, assim como a prática do Judo e do Kendo. Essa proibição, felizmente, durou pouco tempo, pois foram os próprios americanos os primeiros a se interessarem pela prática marcial, podemos dizer que devemos a eles a abertura do Karate para o resto do mundo.

 

Até então, o Karate era praticado exclusivamente como arte marcial, no entanto, seguindo o exemplo do Judo e do Kendo, a Associação Japonesa de Karate, em face às proibições que lhe impunha o “Tratado de Paz” com os Estados Unidos, encontrou uma forma de praticar o Karate sob uma forma esportiva, introduzindo para isso o conceito de "controle de golpes" (Sun-dome), que tornou possível a realização de competições. Foi dentro deste contexto que as principais escolas de Karate da época organizaram seus primeiros campeonatos.

 

Quase todas as escolas mencionadas, e muitas outras, desenvolveram-se de forma autônoma, desprezando toda e qualquer relação com as demais, até 1964, quando as principais escolas japonesas começaram a compreender a importância de uma unificação.

 

Assim, em 1 de Outubro de 1964, nasceu a FAJKO (Federation of All Japan Karate Organization) que unificou, de fato, as principais escolas de Karate difundidas no Japão, que são: Gojuryu na ocasião representada por Gogen Yamaguchi, Shitoryu na ocasião representada por Ken'ei Mabuni e Manzo Iwata, Shotokan na ocasião representada por Masatoshi Nakayama e Wadoryu na ocasião representada por Hironori Otsuka, antes dispersas.

 

Em 13 de Janeiro de 1969, a FAJKO (Federation of All Japan Karate Organization) foi renomeada como JKF (Japan Karate Federation).

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